Caros,
A marcação da viagem:
Juntamente com a minha noiva decidimos visitar o Japão em finais de 2014. Depois de consultar preços de várias companhias, tendo inclusive visto um preço mais económico na KLM (cerca de 500€), a nossa opção recaiu na Emirates. A escala no Dubai, um preço acessível, bons horários e a qualidade da companhia fizeram com que entrasse no site da Emirates em finais de maio e tivesse comprado dois bilhetes para Tóquio.
Com várias opções de horários (voos Dubai-Tóquio-Dubai) escolhi estes voos:
- 18/11 = Lisboa 13h35 - Dubai 00h55 (escala de 2h00)
- 19/11 = Dubai 02h55 - Tóquio Narita 17h20
- 02/12 = Tóquio Haneda 00h30 - Dubai 07h20 (escala de 23h50)
- 03/12 = Dubai 07h10 - Lisboa 12h00
Quis chegar ao Japão já de noite (combater a diferença horária), fazer um voo noturno à saída de Tóquio e ter uma escala prolongada no Dubai, onde disponho de alojamento gratuito. Ainda pensei voar para Tóquio e regressar de Osaka, mas devido aos preços pouco convidativos e horários disponíveis depressa deixei cair esta hipótese.
Restantes voos:
Todos os voos foram bastante pontuais. O Lisboa-Dubai foi operado no A6-ENI, um recente B777-300ER, e com uma ocupação superior a 90%. Alguns tripulantes a falar português. Pedi refeição especial e tal pedido foi foi respeitado. Vários tripulantes (PNC) a falar português.
Os voos DXB-NRT e HND-DXB foram operados em Boeing 777-200. Aviões mais antigos (ex: A6-EWB com mais de 7 anos) e com ocupações muito baixas. Talvez a ocupação não chegasse aos 50%, de tal modo que nos dois voos ocupei uma fila central para dormir completamente esticado.
Nota positiva para estes três voos da Emirates.
O voo:
Dia: 03/12/2014
Companhia: Emirates
Voo: EK 191
Rota: Dubai - Lisboa
Horário: DXB 07h10 – LIS 12h00
Avião: Boeing 777-300 (A6-EGT) (cn 35600 – 1º voo em 06/06/2012)
Lugar: 47B (janela)
Distância: 3821 mi / 6149 km
Preço: 654,69€ (LIS-DXB, DXB-NRT, HND-DXB e DXB-LIS)
Depois de uma escala de praticamente 24h no Dubai, que serviu para conhecer parte da cidade, quebrar o jet lag, descansar um pouco e dormir numa cama ... estava na hora do voo de regresso a Lisboa.
Atendendo à hora do voo fui de táxi até ao aeroporto e, sem bagagens para despachar, foi rápido chegar à porta de embarque. Ainda consegui tomar o pequeno almoço antes do voo. Uma vez mais fiquei bem impressionado com o aeroporto do Dubai enquanto passageiro.
O embarque no aeroporto do Dubai:
O embarque começou à hora prevista e os passageiros utilizaram uma ponte telescópica para aceder ao interior cuidado do B777 A6-EGT. Este avião que fez o seu primeiro voo em junho de 2012 sempre pertenceu à Emirates e apresentava-se em perfeitas condições.
Escolhi viajar na parte parte traseira do avião onde existem apenas dois lugares junto à janela. São lugares com o mesmo espaço dos restantes assentos da classe económica (32 polegadas), os ecrãs situados no banco da frente podem ter algum desvio, confortáveis e bons para quem quer "viajar a dois".
Os lugares da classe executiva:
Os assentos da classe económica:
Ainda no aeroporto do Dubai, a vista a partir da janela:
A cabine:
Uma casa de banho:
A ocupação, tal como no LIS-DBX, era elevadíssima e os lugares vagos em económica eram inferiores a dez. A maior parte dos passageiros vinham de voos de ligação. Muitos portugueses, alguns estrangeiros e um grande grupo de chineses em viagem turística.
Sensivelmente à hora programada o "Boeing triple seven" da Emirates saiu do stand e fez-se à pista 30R para a descolagem. Passados uns minutos levantou voo iniciando a viagem para Lisboa que neste dia tinha uma duração prevista de 7h57.
Aguardado pelo inicio do voo, ouvindo música no ICE:
Os filmes disponíveis:
Dados sobre o voo:
A caminho da pista 30R:
Já na pista aguardando autorização para a descolagem:
Alguma turbulência, ainda que ligeira, na parte inicial do voo mas que não impediu a tripulação de servir o pequeno almoço às 8h20. Antes disso passaram a oferecer toalhas aquecidas para limpar as mãos e o menu com as refeições a serem servidas. Pormenores, mas que ajudam a fazer da Emirates uma das melhores companhias mundiais.
O inicio do voo:
Ouvindo AC/DC, energia para este começo de voo:
Os dados do voo:
O menu com as refeições servidas neste EK191:
O pequeno almoço:
A rota passou pela Arábia Saudita, pelo Canal do Suez e ilha de Malta, antes de entrarmos em território espanhol. Depois de algum tempo a voar a 34000 pés, passamos para 36000 pés e por fim a 38000 pés. Em Espanha passamos a voar em "corredores ímpares" (37000 pés).
O mapa com a rota deste DXB-LIS:
Um reparo a fazer a este voo da Emirates foi o longo tempo entre a entrega da refeição especial e as bebidas. Pedi uma refeição especial para a minha noiva e a refeição foi servida antes das restantes/normais, mas não foi servida a bebida. A tripulação distribuiu todas as refeições e só depois fez chegar as bebidas. Isto provocou um grande desfasamento entre a comida e a bebida, sempre desagradável comer sem nada para beber.
Às 12h39 serviram um aperitivo e o almoço foi-me servido às 14h03. Uma refeição muito completa, bem apresentada visualmente e saborosa de acordo com o padrão "comida de avião". Além das refeições a tripulação passou bastantes vezes pela cabine a oferecer bebidas. Houve também vendas de produtos duty free a bordo, cada vez com menos aceitação.
O aperitivo antes do almoço:
O almoço:
Passei o restante tempo do voo a usufruir do excelente sistema de entretenimento individual, o ICE. Ouvir música, jogar Tetris e ver alguns documentários. Um bom entretenimento a bordo faz o tempo de voo passar rapidamente.
A informação sobre o sistema individual de entretenimento, ICE:
Conhecendo a genial obra de David Bowie:
Para além do sistema ICE, existe a tradicional revista de bordo:
A frota da Emirates, impressionastes estes números:
O cartão de segurança:
Uns minutos antes do horário inicial fizemos a aproximação a Lisboa por sul. Depois de sobrevoar a Península de Tróia, a Costa da Caparica e o centro de Lisboa o B777-300ER da Emirates aterrou na pista 03 de LPPT às 11h35 (-25m), hora portuguesa. O desembarque foi através de ponte telescópica. Terminava assim uma longa viagem ao Japão ...
Sobrevoando Tróia:
Ao largo de Sesimbra:
Na Costa da Caparica com a pista 03 à vista:
Já no aeroporto de Lisboa com uma zona em obras:
O B777-300 A6-EGT (foto de Hans Schulze - Airliners)
Conclusão: Depois de mais quatro voos na Emirates é fácil perceber o êxito da companhia no mercado português. Voos com saída de Portugal, bons preços, flexibilidade nos horários, aviões novos e confortáveis, um hub eficaz e bem situado geograficamente, muita qualidade a bordo e uma vasta rede de destinos.
Mesmo com alguns reparos a fazer, considero a Emirates uma companhia de qualidade acima da média e muito possivelmente será sempre a minha escolha para viagens à Ásia.
cumprimentos,
João P. Gomes